Seguro residencial: saiba por que o custo-benefício compensa

Se o brasileiro é apaixonado por carro, também é obcecado pela compra da casa própria. Mas sem dúvida é mais fácil conhecer quem contrate seguro de carro do que alguém que tenha uma apólice para a sua casa. É claro que o mercado de seguros ainda tem muito que caminhar no país, mas o custo-benefício do seguro residencial pode compensar, especialmente para quem mora em locais de risco.

Imagine viver em uma casa numa região com grande incidência de vendavais ou alagamentos. Ou então morar em um local onde o fornecimento de energia elétrica não seja muito estável, com picos de luz frequentes. Nesses casos, uma apólice para cobrir a reposição dos bens e uma eventual reconstrução da casa pode valer muito a pena. O custo de um seguro-residência bem completo não costuma ultrapassar 0,5% do valor do imóvel, chegando, quando muito, a 1% desse valor, ao passo que o seguro de carro costuma variar entre 3% e 9% do valor do veículo.

Além disso, o segurado pode escolher as coberturas mais adequadas ao seu perfil. Por exemplo, quem mora em um apartamento no 15º andar certamente não precisa contratar uma cobertura para enchente ou vendaval. Mesmo assim, ao buscar um seguro, o segurado deve ler atentamente as exclusões no contrato, para se certificar de que os eventos que podem lhe ocorrer estão de fato cobertos. Veja o que é e o que não é coberto pelo seguro residencial.

A contratação de um seguro residencial deve ser feita em uma seguradora que alie um número razoável de coberturas suficientemente amplas a um bom preço. Para isso, pesquisa é fundamental, e a ajuda de um corretor é aconselhável. A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor – Proteste divulgou neste ano um levantamento avaliando as principais coberturas e o preço de 14 grandes seguradoras. A única que recebeu conceito “bom” foi a Bradesco Seguros, mas nenhuma delas obteve conceito “ruim”. Veja o ranking:

Bom
Aceitável para Bom
Aceitável
Fraco para aceitável
Bradesco Seguros Porto Seguro Liberty HDI Seguros
Marítima RSA-Royal & Sunalliance
   Azul    Zurich Minas
Mapfre Tokio Marine
Allianz Itaú Seguros
Sul América Generalli

Fonte: Proteste

O que pesa no preço

O valor segurado de um seguro residencial deve ser determinado não a partir do valor do imóvel, mas sim dos custos para reconstrução e reposição dos bens que possam ser roubados ou danificados. O valor do terreno, portanto, não entra nessa conta, pois mesmo se o segurado tiver sua casa inteiramente destruída, ainda será dono do terreno.

Para determinar o custo de reconstrução leva-se em conta o valor do metro quadrado, incluindo os acabamentos. Já o valor de reposição dos bens do interior da casa é estimado após inventário, feito pelo próprio segurado ou após perícia da seguradora. É preciso levar em consideração que nem todos os itens são cobertos pelo seguro residencial regular.

O valor do prêmio, por sua vez, dependerá de fatores como a quantia segurada, a quantidade e os tipos de coberturas. Veja dicas para escolher apenas as coberturas necessárias. A título de exemplo, o corretor Clécio Bricchesi, da Nova Feabri, simulou uma apólice de 90.000 reais para uma casa na região do Grande ABC, em São Paulo, apenas com as coberturas mais comuns. Foi contratado um valor de 50.000 reais para incêndio, raio e explosão e uma quantia de 5.000 reais para cada um dos outros itens. Na seguradora em questão, o prêmio era de 350 reais por ano.

Fonte: EXAME

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